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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Criança fora do foco da publicidade



Criança fora do foco da publicidade
Muito boa a iniciativa dos anunciantes e da indústria de alimentos de criar um código de conduta para restringir a publicidade dirigida às crianças. A adesão de 24 grandes empresas mostra que elas resolveram se antecipar às restrições que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende adotar para regulamentar a publicidade de alimentos com elevado teor de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans, de sódio e de bebidas com baixo teor nutricional. É fundamental mesmo regulamentar principalmente a publicidade de alimentos diante do aumento acelerado da obesidade e de outras doenças crônicas decorrentes de dieta inadequada. É enorme a pressão que a publicidade exerce sobre a formação e manutenção de hábitos alimentares, principalmente entre crianças e adolescentes, parcela da população mais vulnerável à ação da mídia. Neste contexto, o acordo entre indústria e anunciantes, mesmo que de adesão voluntária, é fundamental para mudar o quadro atual.

Maria Inês Dolci

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Síndorme de Burnout



O ano passado, minha nora apresentou um trabalho para a seu mestrado em enfermagem, que tinha como tema principal a Sindrome de Bornout, como até então eu desconhecia o tema, penso que algumas pessoas ainda não sabem do que se trata, e desde então, passei a acompanhar trabalhos feitos com o assunto.
A síndrome de Burnout (do inglês “to burn out”, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 70.


Sete entre cada dez trabalhadores brasileiros sofrem de estresses no trabalho e, entre eles, três desenvolvem a Síndorme de Burnout. O distúrbio foi diagnosticado nos Estados Unidos, em categorias em que se relacionar diretamente com algum público faz parte das atribuições como por exemplo: médicos,enfermeiros, professores, bancários, publicitários, funcionários de telemarketing, funcionários de RH, vendedores, jornalistas, policiais e tantos outros. Na década de 90, o problema apareceu em outros ramos de atividades.


Os especialistas explicam que ele se manifesta mais comumente em ambientes marcados por cobranças e tensões.

O termo Síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço.

Ela é uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com que o profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente.

A pessoa que apresenta tal síndrome, além de manifestar as sensações acima descritas, perde consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias.

A Síndrome de Burnout, que é sempre um 'problema' relativo ao mundo do trabalho, pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza as tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais e/ou profissionais dando-os importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados.

Os enfermeiros, pelas características do seu trabalho, estão também predispostos a desenvolver burnout.Estes profissionais trabalham directamente e intensamente com pessoas em sofrimento. Particularmente os enfermeiros que trabalham em áreas como oncologia, muitas vezes se sentem esgotados pelo fato de continuamente darem muito de si próprios aos seus doentes e, em troca, pelas caracteristicas da doença, receberem muito pouco. Luís Sá (2006), num estudo realizado com 257 enfermeiros de oncologia, verificou que estes profissionais se encontravam mais desgastados emocionalmente quando comparados com enfermeiros de outras áreas. Um dos principais factores encontrados da origem do burnout, foi a falta de controle sobre o trabalho Faz-se necessário, ainda, acrescentar que nos territórios da Educação, a Síndrome de Burnout adquire aspectos mais complexos pelo fato de agregar valores oriundos dos sistemas de educação que se alimentam de perspectivas utópicas que interferem, diretamente, no trabalho do professor. Currículos, diretrizes, orientações e demais processos burocráticos acabam por disseminar discussões que sempre acabam acumulando estresse nos processos de ensino e apredizagem e, consequentemente, envolve o professor e sua práxis. A sociedade, por sua vez transfere responsabilidades extras ao professor, sobrecarregando-o e inculcando-lhe papéis que não serão desempenhados com a competência necessária.


É bom lembrar que o distúrbio pode afetar executivos e donas de casa também. Em comum, os candidatos à Síndrome apresentam uma personalidade com maior risco para desenvolver Burnout: são pessoas excessivamente críticas, muito exigentes consigo mesmas e com os outros e que têm maior dificuldade para lidar com situações difíceis.

Além disso, pode-se destacar algumas das características individuais que podem incentivar o estabelecimento da Síndrome: idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo, rigidez. Em geral, são indivíduos que gostam e se envolvem com o que fazem, não medindo esforços para atingir seus próprios objetivos e os da instituição em que atuam. De certa forma, é tudo o que as organizações esperam de um bom profissional. Ou seja, os ambientes corporativos estimulam, de alguma maneira, esse tipo de comportamento entre os profissionais, criando condições que podem predispor ao adoecimento e, na seqüência direta, em licenças médicas e eventuais afastamentos por longos períodos.

Sintomas Emocionais: avaliação negativa do desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima, complexo de inferioridade, sentimento de injustiça, insegurança, ansiedade;

Manifestações físicas, transtornos psicossomáticos: fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, lapsos de memória.

Alterações Comportamentais: maior consumo de café, álcool e remédios, ineficácia (faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal), cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, pessimismo, irritação extrema,, antipatia, alienação, quando o trabalhador fica quieto em seu canto, alheio às outras pessoas.procrastinação, comportamento paranóico (tentativa de suicídio) e/ou agressividade.

O tratamento para a doença é variável, pois podem ser iniciados a partir de fitoterápicos, fármacos, intervenções psicossociais, afastamento profissional e readaptações. É importante ressaltar que a Síndrome de Burnout é diferente da depressão, pois a síndrome está diretamente ligada com situações ligadas ao trabalho, enquanto a depressão está ligada a situações pessoais relacionadas com a vida da pessoa.


Pesquisa feita na Wikipédia e blogs de psicologia.